Marcada pelos problemas de gestão dos últimos anos, que resultaram no inédito rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, uma parte da torcida do Santos acredita que chegou o momento do clube se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Eles veem o modelo como a única forma de garantir uma administração mais profissional, um maior poder financeiro e um papel de destaque na nova fase do futebol brasileiro.
Em 2022, sob a gestão do ex-presidente Andres Rueda, o Peixe atualizou seu Estatuto Social com o aval do Conselho Deliberativo, permitindo que o clube pudesse se transformar. Contudo, segundo o parágrafo quarto do artigo 5 do Estatuto em vigor, é necessário que o Alvinegro detenha a maioria das ações para viabilizar essa transformação.
Em termos práticos, segundo as regras em vigor no Santos, isso quer dizer que a empresa ou grupo de investidores que queira comprar a SAF poderá ter no máximo 49% das ações. Assim, as decisões sobre o futebol do clube dependeriam da aprovação dos dirigentes eleitos pelos associados.
Previsão no Santos?
De acordo com uma fonte importante da diretoria do Santos, ao site ‘Trivela‘, essa possibilidade nunca foi discutida internamente, nem está em negociação. Em uma entrevista recente ao “Jornal da Orla”, o presidente Marcelo Teixeira afirmou ser a favor da transformação do clube, mas destacou que isso não deve comprometer a identidade do Peixe.
“Sou favorável à SAF, mas no momento oportuno e em condições que o clube não perca a sua identidade. A SAF é o futuro, porém, esse processo precisa ainda amadurecer no Brasil. Algumas iniciativas envolvendo grandes clubes deram certo e outras não. A maior vantagem, sem dúvida, é a capacidade de investimento e o saneamento das dívidas, contudo, isso não é tudo no futebol”, disse Marcelo Teixeira.
